domingo, 6 de novembro de 2016

ANGIOSPERMAS

As angiospermas arborescentes possuem três componentes principais: raízes, tronco e folhas.

As raízes são os órgãos fixadores da árvore ao solo e absorvem água e sais minerais, indispensáveis para a sobrevivência da planta.
O tronco, constituído de inúmeros galhos, é o órgão aéreo responsável  pela formação das folhas, efetuando também a ligação delas com as raízes.
E as folhas são os órgãos onde ocorrerá a fotossíntese, ou seja, o processo em que se produzem os compostos orgânicos essenciais para a manutenção da vida da planta.
Cada flor, que aparece periodicamente nos galhos, é um sistema de reprodução e é formado pela reunião de folhas modificadas presas ao receptáculo floral, que possui formato de um disco achatado. Por sua vez o receptáculo floral fica no topo do pedúnculo floral. De fora para dentro, são quatro os tipos de folhas modificadas constituintes da flor: sépalas, pétalas, estames e carpelos.
As sépalas são as mais externas, geralmente de cor verde, e exercem a função de proteção do botão floral. O conjunto de sépalas é chamado  de cálice. As pétalas vêm a seguir. São brancas ou coloridas e formam a corola, com função de atrair os chamados agentes polinizadores. Os estames ficam dispostos mais internamente no receptáculo. Cada estame possui aspecto de um palito, com uma haste, o filete, sustentando uma porção dilatada, a antera. O conjunto de estames forma o androceu, considerado o componente masculino da flor. Na antera são produzidos os grãos de pólen. O carpelo ocupa o centro do receptáculo floral. É longo notando-se no seu ápice uma ligeira dilatação, o estigma, continuando com um curto estilete, vindo a seguir o ovário. No interior do ovário, existem os óvulos. O carpelo solitário é componente do gineceu, a parte feminina da flor.



São plantas traqueófitas;
São espermatófitas (com sementes);
São Fanerógamas (flor com estrutura reprodutora visível);
São sifonógamas (com grão-de-pólen e tubo polínico);
Têm frutas protegendo as sementes;
Fase esporofítica muito superior à fase gametofítica;
As Angiospermas são divididas em dois grandes subgrupos: as monocotiledôneas (raíz curta, folhas com nervuras paralelas, semente simples, ciclo de vida curto e crescimento primário, exemplos: gramíneas, arroz, milho, cana) e as eudicotiledôneas (raíz longa, folhas com nervuras geralmente reticuladas, sementes com 2 cotilédones, ciclo de vida longo, crescimento secundário e podem apresentar tronco lenhoso, exemplos: amendoim, feijão, soja, roseira).
A reprodução sexuada, neste grupo, incluiu os seguintes fenômenos: esporogênese, gametogênese, polinização, fecundação e desenvolvimento da semente e do fruto.

Esporogênese e Gametogênese
A partir das Pteridófitas a fase esporofítica no ciclo de vida das plantas, passa a ser a dominante ou duradoura, representada pelo indivíduo em si. Nas angiospermas, a produção das flores representa o estado final na maturação do esporófito.

Durante o processo de microsporogênese, dá-se no interior das anteras a formação dos grãos de pólen ou micrósporos, a partir de divisões meióticas dos microsporócitos. Os grãos de pólen maduros apresentam em seu interior um núcleo vegetativo e um núcleo germinativo. Ao ser depositado sobre o estigma receptivo da flor, este grão de pólen germinará, formando o tubo polínico, que corresponde ao microgametófito, onde se dará a gametogênese. O núcleo germinativo se divide originando os núcleos espermáticos.

A megasporogênese é um processo efêmero que ocorre no início da formação do óvulo, que se encontra preenchido por um tecido denominado nucela. É a partir deste tecido que se diferencia a célula-mãe do saco embrionário ou megasporócito. Por divisões meióticas formam-se 4 células, das quais 3 degeneram-se, a restante forma o megásporo que logo passa à fase gametofítica por divisões mitóticas de seu núcleo, originando o saco embrionário, dentro de um óvulo agora maduro.

Fecundação
É a união íntima entre duas células sexuais, gametas, até a fusão de seus núcleos. Deste processo resulta a formação da semente e fruto nas angiospermas.

Após a deposição do pólen sobre o estigma receptivo, este germina, produzindo o tubo polínico, que cresce através do estilete, penetrando o ovário e através da micrópila, o óvulo. Ao atingir o saco embrionário, o tubo se rompe liberando os dois núcleos espermáticos, sendo que um fecundará a oosfera, originando um zigoto e o outro se unirá aos 2 núcleos polares, originando um tecido de reserva, o endosperma .Tal processo denomina-se dupla fecundação e é um caráter exclusivo das angiospermas.







GIMNOSPERMAS

As gimnospermas (do grego Gymnos: ‘nu’; e sperma: ‘semente’) são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones – o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Florestas de coníferas de regiões temperadas são ricas em árvores do grupo das gimnospermas. No Brasil, destaca-se a Mata de Araucárias do Sul do país.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos, ou seja, suas sementes são “nuas.

Trata-se do primeiro grupo de plantas a conquistar definitivamente o meio terrestre. Sua reprodução não depende de água, devida a estratégia de polinização, e devido a isso, são encontradas em várias regiões do globo.

Características Gerais:
São traqueófitas;
São as primeiras plantas sifonógamas, ou seja, produzem grão-de-pólen;
São as primeiras Fanerógamas, ou seja, têm estruturas reprodutoras visíveis;
São as primeiras plantas espermatófitas, isto é, dotadas de sementes;
Não apresentam flores verdadeiras ou frutas;
Fase esporofítica muito superior à fase gametofítica;

Acima, esquema de reprodução das gimnospermas.

PTERIDÓFITAS

As pteridófitas constituem um grupo mais complexo que as briófitas, tendo como representantes bem conhecidos as samambaias e as avencas, bastante utilizadas como plantas ornamentais. As pteridófitas apresentam raiz, caule e folhas, bem  diferenciadas, sendo desprovidas de flores, e muitas delas são epífitas, ou seja, vivem sobre outras plantas sem lhe causar prejuízos. Hoje apresentam poucas espécies e de tamanhos geralmente reduzidos, entretanto já tiveram seu apogeu na era paleozoica.

No ciclo reprodutivo das pteridófitas, a diplofase, representada pelo esporófito, é mais desenvolvida que a haplófase, representada pelo gametófito. Enquanto o esporófito é o indivíduo permanente, o gametófito, denominado prótalo, é apenas uma estrutura verde cordiforme, quase microscópica e de pequena duração. Em certas épocas do ano, observam-se, na parte inferior de certas folhas das pteridófitas, formações escuras denominadas soros (figura a seguir), que, em algumas espécies, podem se apresentar cobertas por uma membrana chamada indúsio ou indúsia. As folhas portadoras de soros são denominadas esporófilos, enquanto as outras, não produtoras dessas estruturas, tomam o nome de tropófilos e têm papel importante na assimilação. Na figura, percebe-se também báculo (folha jovem recurvada), rizoma (caule subterrâneo que se desenvolve paralelamente à superfície do solo) e raízes adventícias (originárias do caule).04
Liberado e caindo em solo favorável, o esporo (haploide) se divide, por mitose, dando origem ao prótalo, estrutura verde e cordiforme (em forma de coração) que representa o gametófito (figura abaixo). Quando maduro, o prótalo bissexuado contém os gametângios masculino e feminino, denominados, respectivamente, anterídio e arquegônio.05

No interior do anterídio, formam-se vários anterozoides e, no interior do arquegônio, apenas uma oosfera. Depois de liberados, os anterozoides “nadam” na água que fica retida na face inferior do prótalo até o gametângio feminino, penetram nele, e um deles fecunda a oosfera, resultando no ovo ou zigoto. Essa célula diploide desenvolve-se, a princípio, à custa do prótalo, originando o esporófito ou pteridófita propriamente dito, que reinicia o ciclo, como mostra a figura a seguir, que é um esquema do ciclo de vida de uma pteridófita isosporada.

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No exemplo descrito acima, foi considerado um gametófito bissexuado. Há casos, porém, de prótalos (gametófitos) unissexuados. Em algumas pteridófitas (Selaginella, Salvinia, Marsilea, etc.), formam-se dois tipos de esporângios, denominados macro ou megasporângios, que dão origem a esporos grandes (macro ou megásporos) e microsporângios, que formam esporos pequenos ou micrósporos. Germinando, os megásporos formam prótalos (gametófitos) femininos, portadores de arquegônio, enquanto os micrósporos produzem prótalos (gametófitos) masculinos, portadores de anterídio. Os anterozoides, formados nos anterídios quando liberados, “nadam” até o gametófito feminino, penetram no arquegônio, e um deles fecunda a oosfera. A célula-ovo resultante desenvolve-se sobre o gametófito feminino e dá origem a uma nova planta (esporófito), que reinicia o ciclo. Quando há produção de um único tipo de esporo, dizemos que o organismo apresenta isosporia. Quando, por outro lado, há produção de dois tipos diferentes de esporos (macrósporos e micrósporos), fala-se em heterosporia.











BRIÓFITAS

Ciclo de vida/reprodução de uma Briófita

Briófitas, também conhecidas como muscíneas, são vegetais rudimentares, desprovidos de vasos condutores, que requerem ambientes sombrios e úmidos para sobreviver. Elas formam "tapetes" verdes aveludados sobre pedras, troncos e barrancos e são consideradas as mais primitivas plantas terrestres, dependendo ainda, em grande parte, do ambiente aquático.
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REINO METÁFITA

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domingo, 23 de outubro de 2016

MAMÍFEROS

Todos os mamíferos possuem três características que não são encontradas em outros animais (APOMORFIAS):

1) A Produção de leite através de glândulas mamárias;
2) Pêlos formados por queratina, e especializados em funções diferentes: proteção contra a insolação, manutenção da temperatura, defesa (ouriço),
3) Três ossos no ouvido médio (martelo, bigorna e estribo).

Outras características encontradas nos mamíferos:
1) Presença de dentes diferenciados (incisivos, caninos, molares e pré-molares).
2) Mandíbula inferior formada por um único osso;
3) Existência do diafragma (músculo que separa a cavidade abdominal da torácica);
4) Pulmões revestidos de pleura;
5) Epiglote controlando e separando a passagem de alimento e de ar;
6) Cérebro altamente desenvolvido;
7) Endotermia e homeotermia (temperatura constante independente do ambiente);
8) Sexos separados e dimorfismo sexual
9) Sexo do embrião determinado pela presença dos cromossomos X ou Y;
10) Fertilização interna;
11) Presença de glândulas: mamárias, sebáceas, sudoríparas e odoríferas.
12) Circulação dupla e completa, com o coração apresentando quatro cavidades (2 Átrios e 2 Ventrículos sem mistura de sangue venoso e arterial)
13) Presença de diafragma separando a cavidade torácica da cavidade abdominal;14) Encéfalo altamente desenvolvido, mostrando numerosas circunvoluções que dão maior extensão à superfície ou córtex cerebral.


CARACTERÍSTICAS DA CLASSE MAMMALIA
1. Glândulas mamárias - fêmeas produzem leite para os filhotes
2. Possuem pelos no epitélio de revestimento (evitam a perda de calor).
3. Maioria terrestre (alguns podem voar ou viver na água)
4. Tamanho e peso bem variados (musaranho - 10 cm e 3 g; baleia-azul - 30 m e 200 t)
5. Queratina presente na pele - torna a pele seca (proteção contra bactérias).
A pele é mole, fina , pluriestratificada com queratina e com pelos. Na pele estão presentes glândulas sebáceas que secretam ácido graxo que protege e impermeabiliza a pele e os pelos (função bacteríostática). As glândulas sudoríparas secretam água e sais para a regulação da temperatura corporal. A pele pode ser divida, para fins de estudo, nas seguntes partes:
Epiderme
Derme (camada intermediária) camada intermédia da pele, localizada logo abaixo da epiderme. É responsável por cerca de 90% da espessura cutânea. Substâncias como o colagénio e a elastina, que conferem elasticidade à pele, estão aqui localizadas. É nesta camada que o padrão predominante de fibras de colágeno determina a tensão característica e as rugas da pele. As linhas de clivagem (também denominadas linhas de tensão ou linhas de Langer) tendem a ser longitudinais espirais nos membros e transversais no pescoço e no tronco. As linhas de clivagem nos cotovelos, joelhos, tornozelos e punhos são paralelos às pregas transversais que surgem quando os membros são fletidos; flexione seu punho e verá várias delas.
6. São homeotérmicos (mantém a temperatura do corpo constante) e endotérmicos (retiram o calor do interior do organismo).
e Hipoderme ou tecido celular subcutâneo é uma camada de tecido conjuntivo frouxo localizado abaixo da derme, unindo-a de maneira pouco firme aos órgãos adjacentes.

AVES

CARACTERÍSTICAS

1. Endotermia ou Homeotermia - o corpo apresenta temperatura constante (não varia com o ambiente).

2. Desenvolvimento de penas - isolamento térmico (forma um colchão de ar que isola o corpo do meio externo), auxiliam no voo e impedem que a água da chuva alcance a pele da ave. (As penas são impermeabilizadas com óleo proveniente da glândula uropigiana).

3. Desenvolvimento de ossos pneumáticos. Os ossos das aves desenvolveram câmaras internas que se comunicam com os sacos aéreos, tornando o esqueleto das aves mais leve, todavia muito resistente para suportar as fortes tensões geradas durante o voo.

4. Desenvolvimento de um sistema de sacos aéreos (diminuição do peso e da densidade) , facilitando alçar voo rapidamente, e aumentando a oxigenação do sangue.

6. Osso esterno se se expande para suportar grandes músculos peitorais, esse músculo gera enorme força durante o voo. O osso esterno adquire a forma de quilha (ou carena) para a inserção dos músculos peitorais adaptados ao voo, alem disso, auxilia na forma aerodinâmica da ave.

8. Desaparecimento da bexiga urinária, urina pastosa ou sólida (redução do peso).

9. Perdas dos dentes, mandíbula e maxilar transformado em bico (redução do peso) e auxílio na aerodinâmica.

10. Cuidado parental - os pais se revesam no cuidado com a prole, chocando os ovos e alimentando os filhotes até que estejam aptos a voarem e sobreviverem sozinhos no ambiente.

As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico.
O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.
Muitos dos ossos das aves são pneumáticos. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.
Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentes,ausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.
O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.
Digestão e excreção
A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.
Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.
As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.
Reprodução
A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se os anexos embrionários (âmnio, cório, alantóide e saco vitelínico).
As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.
As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.
Órgãos dos sentidos
As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.
A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie. A vocalização surge para a informação do estado do individuo para chamar atenção do bando e dos filhotes e para a corte e cópula (reprodução).